Minha Vida Meus Hobbies

É amor ou um jogo de xadrez? Um belo dia, depois de pensar bastante na porcaria da minha vida amorosa, chego em um colega de trabalho e desabafo, querendo uma opinião sincera masculina. Ele vira seu olhar para meu rosto, e atira o jargão mais antigo do universo: "No amor e na guerra vale tudo." E eu fico pensando, que porcaria é essa, não... não vale tudo no amor e muito menos na guerra. Não vale se magoar ou magoar os outros, mesmo sendo quase impossível quando estamos falando de uma paixão platônica como no meu caso. Aí ele vai um pouco mais fundo em sua filosofia, e me diz que o amor é como um jogo de xadrez... Como assim? Complicado como um jogo de xadrez, com certeza... Ele me explica que o rapaz (ou moça) é a Rainha, e o objetivo é dar xeque mate... Ok, até aí consegui associar, o objetivo era conquistar o cara. Mas como?     Usando os piões, que ele diz ser meu celular, ou outra ferramenta tecnológica para dar o primeiro passo, me aproximar aos pouco

A vida é uma tirana, ela impõe tantas coisas, coisas impossíveis e incompreensíveis . Eu fico me questionando tanto, o tempo todo, quando eu poderia estar aproveitando. Não é uma questão de acomodação, de estagnação, de falta de ação. As vezes não tem como lutar, apenas aceitar e seguir em frente. Nosso conhecimento é tão limitado. Que muitas vezes eu me sinto uma completa ignorante. Mesmo com minha curiosidade mórbida e minhas buscas constantes por entendimento.

Eu queria aprender a amar, e amar ensinada eu fui, mas o amor não correspondeu, e  sofrer me causou o amor. Eu queria aprender a esquecer, esquecer ensinada eu fui, mas esquecer não alivia a dor, e sofrer continuou o amor. Eu queria aprender a viver, e viver descobri é amar, é sofrer, é esquecer, é aprender. É continuar querendo,  errando, se apaixonando, buscando. Viver é intenso, é confuso, não se aprende, apenas se vive. 

A garota enxergava o mundo através da sua bolha. Um mundo regido por seus pensamentos, sonhos, desejos e ilusões. Tão somente seu. Tão completamente diferente. Seu mundo era confuso, em constante mudança. Pois sua mente era confusa, tão absurdamente reclusa. Figurando amores unilaterais. Cogitando verdades fantasiosas. Machucando seu coração sensível. Ninguém a entendia. E ela não entendia os outros. Porque os olhos dela  enxergava um mundo só dela. E o mundo era ela, e ela era o mundo.